quarta-feira, 14 de outubro de 2009

adolescência...

Era tudo certo como um e um são três ou zero ou um. No caso, eu. Aceitei ser a outra porque não era mais uma e você era aquilo. Quando estava comigo estava lá. Só eu e você. Parava o carro naquele condomínio fechado por uma catraca de cabine sempre vazia. Escolhia a árvore de maior sombra, abria um vinho e acendia a nossa viagem. Fora de órbita. Só eu e você. Foi assim aos dezesseis, aos dezessete e aos dezoito. Garotas gostam do que é incerto. Frio na barriga, não pertencem a ninguém.
[pausa]
Voltou aos vinte. e poucos. poucos e bons. Apareceu de surpresa, como sempre fazia. Falou o que a garota queria ouvir. Seis anos e uma cerveja. Você mudou e eu também. Seu sorriso já não basta mais. Vai ver que porque meu número da sorte é sete.vai ver que não jogo mais seu jogo. vai ver que eu cresci. vai ver que o encanto acabou. vai ver que não é a hora. vai ver?

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