quinta-feira, 30 de julho de 2009

querida amiga,

nada pode ser feito depois que já foi dito, escrito, ouvido e lido. nada pode ser feito depois que já se sentiu. nada depois do que os olhos contaram. nada. é preciso pensar, escrever, refletir e quem sabe, recomeçar...
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Eu não escrevo pra ninguém e nem pra fazer música
E nem pra preencher o branco dessa página linda
Eu me entendo escrevendo
E vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco
Ele me mostra o que eu não sei

E me faz ver o que não tem palavras
Por mais que eu tente são só palavras
Por mais que eu me mate são só palavras
São palavras...

domingo, 26 de julho de 2009

Valeu, vale e valerá sempre...

"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido. "
Fernando Pessoa

Vale a pena estar aqui; permitir que as experiências me ensinem, que a meditação faça parte de mim, e que a felicidade me invada por meio dos mais diferentes momentos e pessoas...

terça-feira, 14 de julho de 2009

you.make.a.difference

Em uma mesa de bar conversávamos sobre escrever. Discutíamos se era um desabafo, um dom, um prazer. Foram vários palpites e todos concordaram, pelo menos em partes, que é muito mais fácil escrever quando se está triste. Escrever para enxergar algo que não queremos ver. Nem olhar, nem sentir, nem pensar. Então, escrever.

*

Resolvi fazer algo diferente. Não sei se sairá algo digno de ser lido, mas quero escrever porque estou feliz.

*

Estou feliz porque acordei e estava sol e os dias ficam mais bonitos e alegres quando ele está na minha janela. Escrever porque estava difícil. Eu, sempre sorrindo, fui tomada por uma tristeza interminável, pesada, irritante e constante. Infinita, como costumo dizer. Briguei com elas, com você, comigo. Tirei férias da praticidade, dos objetivos, da aventura, o desejo de correr riscos... quis largar tudo simplesmente para ver se parava de questionar. Preguiça talvez.

*

Sentei na areia de Ipanema, o mar era belo e intenso como seu olhar, o vento me abraçava como se você estivesse ali, a brisa me lembrava o primeiro final de semana. Deitei no seu colo e seu coração acompanhava as batidas do meu. Sintonia perfeita, como antes e como sempre. As risadas, o carinho, a paciência, o esforço de fazer feliz a mais insatisfeita e inquieta das pessoas. Pego o telefone e você já está me ligando. Começo uma frase e você sabe exatamente como vai terminar. Te olho e percebo que não é preciso dizer nada. Está tudo ali, de volta, sempre esteve, e viver enquanto ficar ...

*

eterno.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Só de passagem .:

Foi uma das mais incríveis passagens. Durou pouco. Confundiu muito. Deixou marcas e a compreensão de que tudo realmente passa. E mesmo acostumada a estar sempre de passagem, achei estranho que alguém passasse assim, rápido, e sem querer levar nada de mim. Como assim? De mim? Nada? Eu quis morrer. Devolver o violão. Listei tudo o que tenho de mal. E pela lista, sou o próprio defeito disfarçado. Culpei minha história, meus pais. Pior que o abandono era a culpa. Nunca soube lidar com ela. Até que apareceu o possível motivo, que tentou eximir qualquer erro meu. Assim, eu estaria livre. Mas não foi o suficiente. Ainda pude ver minhas mãos pesando naquilo. E foram noites imaginando... dias angustiados. E foi assim... A aparição mais estranha. Nunca mais o vi. Doeu. Marcou. Dizem que ainda vou encontrar, preparada. Não há preparação para esse sentimento. Logo, não quero encontrar. Fujo da Paulista. Tenho focado em outras avenidas. Coisas boas e iluminadas pras bandas de lá. E que esse outro saiba entender meus pés atrás. E seja bom pra mim. Tem outro! Terão vários.

Que exista um dia em que eu saiba ficar...
E que você aprenda a parar de ir embora...