terça-feira, 26 de maio de 2009

Geminiana preferida!

E eu então? Que que sobra pra eu dizer dessa pessoa?
Que as vezes eu até tento esconder os turbilhões que passam na minha cabeça, mas ela descobre em uma olhada e me entrega em 2 ou três palavras...
Que eu admiro o jeito forte dela, mas que adoro quando ela deixa escapar as mais lindas e inocentes fragilidades, deixando cair talvez uma lágrima, mas que representa um oceano.
Que mesmo que os mil compromissos diários não tenham facilitado pra que eu desse nela um abração de feliz aniversário, ela sabe o quanto eu "to com ela e não abro!".
Que de tooodas as várias coisas que eu tenho escrito ultimamente, e olha que tenho escrito muito (textos da faculdade, textos do trabalho, textos do tcc, textos do blog, textos do msn, textos, textos), esse é, sem dúvida o mais verdadeiro (dando uma de Stephen Glass... rs).

Minha amiga, que você brilhe sempre assim! E que a gente continue sempre sincronizadas e sempre juntas.

Te amo!

Hoje o dia é dela!!!

O nosso re-encontro aconteceu na hora certa. No momento em que podíamos fazer a diferença. Tivemos que entender a sincronia, para perceber o porque nos fizemos presentes somente naquele tempo.
A nossa amizade se construiu e se constrói pelas discussões infindáveis sobre a vida. Trocamos emeios e mais emeios, conversas e mais conversas sobre os medos, as angústias, as desilusões, as crenças, a alegria, o amor, a amizade, as buscas...
Ela me ensinou e me ensina a gostar da caminhada só, a valorizar as experiências amargas e a importância de quebrar tabus e me permitir o novo, mesmo que o novo seja o velho, nos olhos alheios.
Juntas, estamos percebendo a beleza dessa caminhada que se chama Vida, mesmo ela nos reservando um turbilhão interno.
Nos dias em que estou tristinha, ela está feliz, radiante, equilibrada, pronta para dizer tudo o que preciso escutar, não só para me reerguer, mas para me ensinar. No dia em que estou radiante, lá vem ela cheia de angústias e medos, é a minha vez de equilibrá-la.
Às vezes, as duas estão pra baixo e aí - resta-nos chorar juntas. Mas quando a alegria nos invade, lá vamos nós: dançar, batucar, imitar a cuíca, sorrir e emanar a todos a nossa mais bela energia.
Nos completamos de uma forma estranhamente engraçada. Como diz ela: “eu como as metódicas chatices virginianas e ela com a dupla personalidade de uma quase autêntica geminiana”.
Hoje, acho que entendo o sentimento do poeta Vinícius de Moraes quando escreveu: “Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...mas é delicioso que eu saiba e sinta que eu os adoro, embora não declare e os procure sempre...”
Escrevi tudo isso sobre ela e a nossa sincronia, porque hoje essa queridíssima companheira encerra um ciclo e se abre para o novo e eu só tenho a agradecer pela amizade e pelo companheirismo de sempre.
Se a companhia não durar pelas escolhas da vida, que esse momento se faça presente e já serei feliz por ter tido alguém como você na minha caminhada.
Parabénssssssssss, minha amiga!!!

sábado, 23 de maio de 2009

Novoidadenovaidadenovanovidade

Ar fresco, curiosidade, surpresa. Como é, o que faz, para que serve e onde leva. Frio na barriga, cabelo despenteado, sorriso solto. Nunca duvidei que é muito bom estar diante de uma coisa nova. Mas nesses tempos descobri que existe uma coisa muito melhor: descobrir o novo em algo que já você já conhece. Dizem que quando lemos um livro ou um texto pela segunda vez, percebemos outros detalhes, nos identificamos com outros personagens. E não foi o livro que mudou, fomos nós. Um equilíbrio entre a necessidade de interagir com o mundo para entendê-lo e a de me isolar para pô-lo em perspectiva no papel. Permiti-me chorar. Tenho as minhas fraquezas. E elas não vão mais ficar escondidas por trás de meu sorriso. Vão transbordar dos meus olhos, escorrer pelo meu rosto. Deixei as vaidades de lado. Os preceitos, os princípios, os pré-conceitos. Aprendi a não ter expectativas, pois assim coloco a surpresa no lugar da decepção. Não guardar rancor, porque as coisas podem sim mudar. E para mudar, basta a intenção. De descobrir, de novo, o que é novo.

sábado, 16 de maio de 2009

Inferno astral

Foi uma semana triste, atribulada e solitária. Solidão. Quando chegou, já imaginou que era
ela. Aquela que você está entre mil pessoas e sente que está. Sozinha. Nascemos sozinhos e
é assim que vamos morrer, querida. É, as pessoas são passageiras, e cabe a nós ficarmos olhando elas passarem ou tirar algum proveito disso. Chorou. Doeu. Muito. Colapso. Mas a dor que apertou o coração trouxe a sensação que veio aliviar. Chorar...Tirar tudo que está angustiando. Questionar. Pensar. Sofrer...Passou o outro dia em choque, atônita, automática. Em transe. Sabia que depois daquele ritual nada seria como antes. Era mais um ciclo se fechando. E para onde tudo isso vai levar? Para que, com quem, para onde,como? Novas idéias, novos olhares, novo ar,tudo novo. E é sempre assim. Um balanço do que se foi. A ânsia do que virá. Nova etapa. E o novo com data para começar. 26 de maio.

Florindo - Mariana Aydar

Por que você chora tanto
E sofre sem ter motivo?
Vai, deixa todo esse rancor pra trás
Que a vida vem sorrindo pra nós dois

Que bom ver você sorrindo
Desperta, cheia de luz e de verdade
Deixa fugir do seu peito
Essas marcas de um passado que só vão te magoar

Paixão,
Quem quer viver bem no presente encontra o seu lugar
Seu lugar nos braços do sossego
Enquanto uns dizem que o tempo não pára
Outros dizem que o tempo
Não passa de ilusão, ilusão

Deixa estar, que a vida é mais sábia
Cada coisa tem seu tempo
E esses pensamentos
Não passam de nuvem rasa
E todo esse sofrimento
Não pertence à sua casa
Cesso esse tormento,
Enxugo todo seu pranto
Com a força e com o sentimento
Que carrego no meu canto ...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

pontuando


mudar?
ninguém disse!
que seria,
diferente.

chance,
oportunidade.
medo?
indecisão!

alma.
instinto?
segredo!
felicidade.

dúvida.
certeza?
diferente!
mudar...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

STATUS

Indisponível
Ausente de todos os espaços que eu antes entraria sem bater, vestindo apenas a máscara da vaidade e as incertezas da beleza
Aberta para me fechar
Reclusa
Exilada
Distante do amar
Impaciente com a minha verdade
Irritada com a minha companhia
Culpada
Estranha
Inflexível com os outros e suas "mentiras amáveis"
De olhos abertos
De boca aberta com o que fizeram da gentileza
Espantada com uns, desconfiada de outros
Aguardando a partida da culpa e do medo para voltar ao ponto
Duvidando do óbvio
Dispensando possibilidades infundadas
Fora de mim
De mãos atadas
Com um pé no chão
E o outro esperando "dar pé"
Tentando equilibrar
Em movimento
Crescendo
Marcada
Desapontada com o que fez de nós
Mantendo a fé
Desatenta com quem me vê passar
Passando
Deixando pra trás
Com o coração desconcertado e a alma iluminando
Com medo de te avistar, sentado na mesa de um bar
Evitando olhar os lados
Forçando não encarar o chão
Subindo
Encarando
Intuindo

terça-feira, 5 de maio de 2009

Príncipes...

Estávamos sentados a contemplar o crepúsculo do sábado. Ele nervoso por ter que finalizar mais uma edição. Ela eufórica em busca do que leria no sarau da amiga. Eu a falar e escrever no bloquinho de notas em cima da madeira clara do escritório. Ele, em meio à inquietude do momento, resolveu parar, pegar um livro antigo no armário e ler uma poesia de Fernando Pessoa para mim. Ela, no corredor, ao escutar a leitura puxou uma cadeira e disse que havia descoberto o que leria no sarau daquela noite. Mas antes de partir, resolveu ler para nós. Ao terminar, os olhares pareciam penetrar nas almas, o silêncio predominou e gritou dentro de cada um. Era como se ali, naquele pedaço de livro, alguém tivesse descrito tudo o que buscávamos e sentíamos. Eu com o coração acelerado, querendo saltar pela boca, emocionado, disse: “Hoje aprendi a gostar de poesia, ou melhor, aprendi a gostar da sutileza de Fernando Pessoa”.
Ambos dispararam um lindo e penetrante sorriso em minha direção. E foi nessa troca inexplicável, com o Sol quase se pondo na janela, que marcamos a nossa emoção.
Obrigada voz doce e singela dos cabelos brancos. Obrigada menino-homem dos olhos verdes e das mãos grandes...

POEMA EM LINHA RETA

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Tentativa

Resolvi quebrar o silêncio.

Dizem que não escrevemos para os outros lerem e tirarem alguma lição a respeito. Claro que não... A gente escreve é pra gente mesmo. Aquela verdade que nos persegue diariamente, fazendo sombra nos pensamentos e nas palavras proferidas, se estampa no papel e você não tem como ignorá-la. Faça o que quiser, somente não me ignore. Eu estou aqui e você sabe disso. Olhe para o espelho e não me encare, desvie o olhar. Eu continuo lá. Mas é que são tantas coisas que eu não sei por onde começar. Não seria mais fácil se elas dormissem e nunca mais acordassem, ou se os pensamentos não fossem mais o alimento e elas se transformassem em seres mudos e sem capacidade de me atormentar? Às vezes é melhor não escrever para não ter que encarar as verdades. No sofrimento a gente vai ao fundo e aprende a superar. Aprendemos a ser bons companheiros para nós mesmos. Aprende que você pode até se importar. Mas as pessoas simplesmente não se importam. E aí, quando você cresce, aquela caixinha que você entrava antes não te cabe mais. E aí, você começa a escrever porque aquele problema já não te atormenta mais. Ele ficou no passado. E aí, você pega todas as coisas que te lembram e joga fora. Não é mais parte de você. E eu não sou. E você não é. E nem sobre você eu consigo escrever...