Resolvi quebrar o silêncio.
Dizem que não escrevemos para os outros lerem e tirarem alguma lição a respeito. Claro que não... A gente escreve é pra gente mesmo. Aquela verdade que nos persegue diariamente, fazendo sombra nos pensamentos e nas palavras proferidas, se estampa no papel e você não tem como ignorá-la. Faça o que quiser, somente não me ignore. Eu estou aqui e você sabe disso. Olhe para o espelho e não me encare, desvie o olhar. Eu continuo lá. Mas é que são tantas coisas que eu não sei por onde começar. Não seria mais fácil se elas dormissem e nunca mais acordassem, ou se os pensamentos não fossem mais o alimento e elas se transformassem em seres mudos e sem capacidade de me atormentar? Às vezes é melhor não escrever para não ter que encarar as verdades. No sofrimento a gente vai ao fundo e aprende a superar. Aprendemos a ser bons companheiros para nós mesmos. Aprende que você pode até se importar. Mas as pessoas simplesmente não se importam. E aí, quando você cresce, aquela caixinha que você entrava antes não te cabe mais. E aí, você começa a escrever porque aquele problema já não te atormenta mais. Ele ficou no passado. E aí, você pega todas as coisas que te lembram e joga fora. Não é mais parte de você. E eu não sou. E você não é. E nem sobre você eu consigo escrever...
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